sábado, 13 de março de 2010

Sozinho numa Mesa para Dois



[ Estes registos! Do que valem, e vão valendo, tanta exposição se fica arquivado sem consulta? Dedica-se vontade e comunicação que não chega a ser canalizada, esforços são tomados praticamente para serem lançados ao abismo, ao infinito virtual duma internet em expansão supersónica!
Aluguei este apartamento T1, que afinal de contas não passa dum espaço sem soalhos com uma cozinha que vale por dois. Cozinho os ingredientes, já com a mesa posta. Um prato sobre um guardanapo rasgado ao meio. Um garfo polido. Uma faca de dentes gastos e rasos. Um copo, basso e rachado pela injúria. Hoje, nem sopa haverá...
Passa-se o tempo no laboratório químico do coração, do olho e da língua...deshidratados, em busca duma bandeira do outro lado da muralha, inhóspida. Tenho um frasco para cada submissão que deixo, com um rótulo áspero, onde escrevo o título e guardo cada coisa que consigo absorver desse post. A estante está recheada de frascos, uns ao abandono, outros com fragmentos recolhidos. O curioso é a centelha dessas ínfimas particulas, o brilho atómico! É simplesmente o pouco que me ascende o quarto (sala), deixando me sem conseguir dormir. Estou vos gratos...

Isto é um pequeno bilhete, que resgatei do bolso roto das calças. Ao menos vou exercitando a gramática enquanto viajo à fase, adormecida, que era... ]

[ Comi um gelado para a sobremesa ]

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