segunda-feira, 22 de março de 2010

Adormecia em Tardes de Verão



[... fez passerelle antes de ler o letreiro...retirou-se,inseguro...e...depois...desinfectou as mãos das nódoas experientes. (Tinha tempo para tudo e mais alguma coisa)... vincando-se, imaculado! Carregava nas malas, duas, revestidas com os padrões pseudo-arte nova, novas desta nova arte, responsibilidades acumuladas e algumas fotografias manchadas pelo suor surdo da infância. Sentou-se, satisfeito com o conto que o seu relógio baço o contava, num banco de linhas frias, tubulares e melancôlicas. Sorria! Sorria no vazio de aguardar respostas a perguntas que conspirava, por entre os dedos gastos, nele... O meu banco conceptualizado a régua e esquadro, imponente e sombrio estava fixo à terra, 4 ou 5 metros da dele. As peças da vida dele reuniam-se ali, àquilo, tornando as minhas numa aragem inerte...inerte...inerte e aos saluços! Dei por mim resumido a ele, fiz-me nele sem que ele se fizesse em nós, numa vida dançada e dele. Os seus quase 70 aniversários romperam a camada naive da minha existência... ajeitava-se ao toque dum assobio, mas as minhas mãos continuavam-se a desfazerem no que é sujo... ]

[ Passo as lentes dos óculos pela roupa transparente...e reinvento-me! ]

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