domingo, 14 de março de 2010

Simulei-nos, ao Ouvido



[ Descrevia a noite plana num plano panorâmico! Sim, haviam corpos a baloiçarem em nosso redor, meu próprio pendurava se na brisa, ártica. Ao todo, havia cabelo ao vento e arrepios em tudo. Jornadas entre destinos em câmara lenta. Irrito-me com o modo como abafo luminiscência, a liberdade de expressão de um relato à meia luz. Segurei no holofote até que o aperto me cortasse a circulação nas mãos...e...ao fim de contas...tudo não passava dum gabinete claustrofóbico e húmido debaixo do cartaz estrelado de cima!
Lamento até ao infinito e depois disso! Preciso de voltar a ligar o moderador à ficha pálida. Recai sobre mim conceptualizar a comunicação, conscientemente. Infelizmente é preciso o mundo acabar antes que nós o possamos ressuscitar! Como se reanima algo que ainda não atravessou a barreira da existência?! Concentrar-me-ei em antecipar me ao caos exactamente por ter o conhecimento e faculdade que parte de mim. Banalizo sinais que me envio, sem sineta...

Preciso de tirar férias do meu corpo... ]


[ 21 ]

Sem comentários:

Enviar um comentário