segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Sou Chuva, Sou menos!



[ Alguém tinha entrado momentos antes dele. Fechara a porta sobre si, como se vivesse de mantos sobrepostos, até desaparecer! Coleccionava a energia das colisões universais, dizia-me ele, enquanto-o consegui seguir, no encalço opaco que curiosamente largara pelo caminho. Só soube que existia quando ouvi o som descalço que o dissipava! Ali!
"Mundo morto e menor, como é que Deus nos deu tanta liberdade condicional?", lia-se na parede gasta do pensamento. Momentos mudos assombravam-lhe o oxigénio, até se parecer translúcido. Aparentemente queria que a Humanidade soubesse que tudo não passará dum mero esvaziar de sensações para nos fazer acordar no descarrilar de nós próprios...
Alguém havia entrado no exacto momento do desfecho. Continuava encarcerado no cubículo onde se abrigara desde que se desfez. E no aperto de mão com a claustrofobia vi o aglomerado de frascos fluorescentes onde, de repente, tudo parecia se enquadrar, ali mesmo!...Era a matéria que mantinham a máquina do universo em movimento, e foi então que uma se extingui e... tudo tremeu!... ]

[ Deus, sou Teu frasco! ]

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