[ O Universo inverte-se quando fecho os olhos. Tudo que tinha em mente ver tornou-se infinitamente espaçoso para me caber no corpo. Corpo minúsculo. Corpo desarrumado e doente! Parto em rumo ao canto maior sem atravessar o chão húmido para não ter de levar a saudade do mundo. Quero saber estar quando fecho a consciência todos os dias pela última vez!
O Universo acorda quando me deito no suor seco e cerro os olhos até ficar dormente. O corpo desarruma-se e a doença volta a respirar. Tudo que tinha em mente para alcançar revela-se demasiadamente intangível. Quando se sonhou, pela primeira vez, sobre a teoria da relatividade, ele nunca imaginou que teria de encaixar fora do inexplicável e morar em nós. Nunca!
O Universo decora-se sempre que tento-o imitar. Procuro ligar os buracos negros até que a centrifugação gere luz. Deixei de sentir com a carne e o humor arrefeceu de novo. Tudo que esperava mudar mostrou-se mentalmente pesado.
Nem a luz a rasgar o espaço, nem as teorias a criar a ciência, nem o corpo adormecido, desenquadrado e sujo, nem os cantos maiores e memoráveis, nem a consciência a crer se ajusta ao padrão invertido do Universo...quando fecho os olhos. ]
[ Quero reflectir sobre o esqueleto pixelizado do acordar! ]
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