terça-feira, 18 de setembro de 2012

Desconstruir







































[ Pensa-se. Sai-se do prisma que se conhece para saber o que está do outro lado, no outro espaço que guarda todas as nossas ausências. Um pequeno rasgo de crer a crescer sobre a superfície rugosa da vontade onde tudo aparece e desaparece. Estudam-se métodos de modular o modo que respiramos até tudo se parecer tempestade e temor. Fecha-se o medo num quarto sem janelas na esperança que nasça ali um principio, um propósito! Pensa-se nas mil e uma formas de entender o pensamento sem nunca sair do sofá confortável em que o mundo se tornou...
 Pensa-se! Pensa-se demasiadamente baixo. Demasiadamente vazio e frio. Acredita-se que fomos feitos para acreditar quando isso é o nosso maior receio! Mordemos as mãos ao destino por saber que nos quer pegar ao colo! Somos os arquitectos de espaços por inventar, onde deitamos o corpo depois dos difíceis combates em que nos inscrevemos voluntariamente. Temos em nós todos aquelas memórias por desenhar, dentro dum prisma que se desconhece debaixo das pálpebras. Temos a liberdade de acordar a meio do milénio e exigir que seja o fim da fome. Somos os capitães dos navios que flutuam fora das correntes corrosivas e cordiais. Ensinamos a vida a desmaiar e perder os sentidos. Acreditamos que somos o que representamos. Ensinamos a vida a desmaiar novamente e passamos a acreditar que somos mais dentro do espaço que guarda todas as nossas ausências e assim...desconstruimos a ideia de existir, verdadeiramente. ]

[ À uns dias que não me vejo e começo a precisar dum novo esconderijo! ]

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