segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Simbiose







































[ Descobriu a causa debaixo das unhas do tempo! No sujo que tinge os dias até aos joelhos. Coberto de memórias espessas e frias, vai-se enganando para se reaver nos intervalos. Agora, toda a causa parece-lhe pouco quando visto dali, do planalto que desenhou durante o sono! Debaixo daquele manto árido a que nos acostumamos a chamar Esperança. Foi assim, e muito menos. Tantas causas por conhecer e foi-lhe dada a única que sempre foi treinado a ignorar...
  Desconfia que descobriu a causa atrás do espelho embaciado da vida, numa parte plana e perdida. Perdida de propósitos, vazia de causas...de comentários...de saúde. Ali, ainda morna, precisamente onde a deixou. Jura que sabia, sem certeza como, como se isso fosse causa alguma, ou até mesmo medo e inteligência. Cada vez que-o recordam que o mundo muda quando abrimos os olhos, volta a ter aquele aperto polido que-o rouba novamente. Cada dia assim...cada vez assim, e muito menos! 
  Desvia-se do corpo que-o ocupa a cama! Longe daquela soma de suor e consciência que respira desalmadamente! Recria a morte para se rir da existência, mas todas as gargalhadas são gagas e fora do seu alcance. Lamenta pela luz que copia enquanto apaga a causa!... ]

[ Por fim, reconheço que é um composto fundamental da nossa matéria! ]

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