sábado, 11 de agosto de 2012

Nos Braços do Embaraço







































[ Bebeu um trago amargo que o fez lembrar dos dias distantes. Daqueles imensos momentos que o roubavam sem que soubesse resistir! Oh sinceramente! Matava para morrer primeiro na esperança que isso encurtaria o espaço da eternidade. Acredita que ainda lhe resta força suficiente para combater até ao fim, até ao relógio fugir com a vitoria. Nem glória nem sossego de ser. Vai baloiçando sobre si próprio quando as oscilações lhe parecem pouco. Na incerteza do próximo pensamento, livra-se da pele seca da consciência e tenta renascer...
  Sabe agora que foi tudo em vão. Desliga a caixa das imagens programadas e adormece. Fica ali, assim, sem jeito nem encaixe. O que mais pede nas orações é que Deus o mostre outra vez aquela alma arguida e significante...Deus não foi de férias, Deus não dorme! Tudo que ergue no chão débil da mente são caminhos traiçoeiros, não desconfia Dele mas rodopia sobre a fraqueza...
  Perdeu o paladar depois de tanto bebericar inconveniente. Já pouco o sabe a pouco e tudo que conhece são as imagens da caixa!
  Confessa que decora as curvas do universo para evitar colisões. Já que vive nas intermitências de si mesmo. Precisa de adivinhar a garantia que está algo prestes a mover-se...e mentaliza-se...até alguém lhe puxar a mão para dentro da luz...

  Saboreou o voo...e quando pensou em desistir, agarrou-se ao que Deus tinha para lhe mostrar...e viu que sempre esteve tudo ao seu alcance!... ]


[ Emprestei me por uns tempos. ]

Sem comentários:

Enviar um comentário