sábado, 27 de fevereiro de 2010

Todo o Resto de Ti

[ Está aqui uma atmosféra que implode a cada silêncio que ressoa. Pessoas vão entrando, em desfile, eu vejo-as, pressinto as suas ausências, compõem as mesas desalojadas desalojadamente! Acabou de chegar a minha água natural sem gás, Luso, por sinal, enquanto meu corpo vai se mergulhando nos banhos mornos que chegam de cima. Inhalo um ar tão claustrofóbico, desta cadeira solteira, que passo pelo inconsciente, adormeci num ápice, regressei no autocarro das 11h30 pm. Riu-me! Saceio-me nos rostos que decoram a distância. Gestos encurtem as medidas desmedidas...

Acho que só consumi uma Era, custou me 0.80€, mas deixou-me ameno, cheio.

Os dias têm sido um carrosel que quando abandono a diversão, bato com o corpo, também fatigado, no chão arido. Mas sei o que é saber! Somos todos mais infinítos que aquilo que mostramos e vamos mostrando. Por exemplo, há nuvens carregadas que nos sobrevoam, ouvimos o paladar na sua presença, mas em simultâneo, eu, vivo na certeza do aroma a algodão doce e dum estado animado que partilho cá dentro. Isto não é tudo preto, sobrevivo, resisto, não estou cadáver e elevo o positivo da poeira. A caminho do fundo deste poço sem fundo, admito que a viagem é seguramente mais requintada do que vazia... e aquele balcão perpendicular, ali, robusto e imponente contou-me que podia contar com ele... ]

1 comentário:

  1. Nunca é tudo preto. Temos de ser capazes de ver o positivo. Difícil, mas sempre possivel.
    Abraço*

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